domingo, 24 de janeiro de 2010

Deja Vú

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"Um dia qualquer, você conhece uma pessoa qualquer. Ela desperta um sentimento qualquer em um lugar qualquer. Sem mais delongas qualquer, ela some. 



Sua vida continua como uma vida qualquer. Vive sua rotina qualquer, com pessoas qualqueres ao seu redor.
Num dia não tão qualquer assim, o que se foi, volta como se nada qualquer tivesse lhes acontecido. E assim como se qualquer minuto à mais alí, tudo fosse desmoronar, ela desaparece para qualquer lugar.


E assim, como qualquer círculo, que sempre gira e sempre volta ao mesmo lugar, tudo se repete de novo... e de novo... E nunca acaba..."

Às vezes, parece como se ele fosse um step, ou algo em que se apoiar. Ele aparece quando precisamos, vai quando nos recuperamos e volta quando menos esperamos e mais desejamos.


Como um deja vú, os lugares são os mesmos, as falas são idênticas e a partida é inevitável. Como se fosse um script, com tudo decorado e cronometrado, sabemos que o final chegará na mesma hora de sempre.
Algumas vezes a esperança de que esse sentimento, irá durar um dia à mais, nos consome, mas não se realiza.
Talvez seja uma prova, pela qual temos que passar até um dia fazermos o certo, se não, ela se repetirá infinitamente. Como uma missão que precisa ser cumprida para mudarmos de plano, passarmos para a próxima fase...
Será um sinal, de que aquilo não é uma situação qualquer? De que devemos nos concentrar, estudar o momento e decidirmos o que fazer? Se devemos deixar partir ou se temos que lutar para que dure o máximo possível?


E será que algum dia, se nos perguntassem, se preferiríamos não ter passado por todo o sofrimento, corações partidos e as amarguras diriamos que sim? "Sim, eu preferíria não ter passado por nada disso!" Não! Isso seria só mais uma das dezenas de formas de nos enganarmos. Nunca mudariamos nada. Faríamos tudo de novo e de novo, quantas vezes fossem precisas para estarmos, pelo menos, vivendo algo tão forte e tão impetuoso. Mesmo que nada daquilo tenha nos feito bem.
Só que na hora do fim, tentamos ser duras, e até mesmo forjar uma partida nossa...

Paramos e percebemos que toda a vida tivemos muitas opniões... mas pra todas as coisas com péssimas razões. 
"Mas não mais!" Tentamos nos dizer... Percebemos que podemos pensar por nós mesmas, sem qualquer ajuda de ninguém.
Não importa o que digam... Partimos os próprios corações... mas partimos aos pouco, em várias parcelas.
Vemos, que tudo o que fizemos foi nos puxar e nos puxar pra baixo. Tentando ser uma outra pessoa que nem mesmo nós, conhecemos. Outra garota que nem mesmo eles encontraram.

E o que aconteceria se dissessemos: " Você não pode controlar minha vida!"?
O que fariam se os deixassemos hoje, sem arrependimentos e sem adeus?
O que fariam se dissessemos:" Não existe mais você e eu! "?
E será que conseguiriamos ir embora e os deixar aos prantos?
Nós não. Mas é exatamente assim que acontece no fim e só aí percebemos que a partida foi deles e não nossas.
Não sabemos o que nos acontece. Tentamos duro, mas não conseguimos acreditar. Não são mais os caras que pensamos conhecer. Porque chega o dia em que eles, não sente mais nada e dizem: " Vá em frente e chore! ".


A única icógnita, é, porque então. depois de muito ou pouco tempo essas mesmas pessoas voltam? E se vão novamente? E continuam sempre voltando e indo?


É um sinal sim! É um jeito de nos mostrar que ainda não está na hora, mas que essa hora um dia chegará!





Mayra Dias Czinski


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A Verdade


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Como diz em um filme, a verdade é feia. Porque ela pode acabar com esperenças de qualquer pessoa. Ela pode finalmente fazer você cair na real. E  finalmente seguir em frente. Pior do que saber a verdade, é ouvi-la


Hoje uma menina, ouviu uma verdade que sempre tentou não acreditar. Ela sempre soube que essa verdade era real, mas pela 1ª vez ela ouviu. O que fazemos quando essa verdade se torna concreta? Quando se descobre que não adianta mais mentir, porque essa sua verdade, é a verdade de todos


Ás vezes a ignoramos, por ser dolorosa, por ser dura ou triste. O que a menina ouviu hoje, foi doloroso, duro e muito triste, mas infelizmente era verdade e isso ela já sabia a muito tempo.


Achamos que mentir, para alguém ou para sim mesmo, é melhor em alguns momentos, porque mentir suavizará a realidade ou porque temos apenas medo de não mentir. Mas, a verdade sempre aparecerá, isso tenha certeza. Existem verdades que aparecem em minutos, ou dias, ou anos... mas sempre aparecem.


Então porque escondê-la? Porque preferimos nos enganar? A menina sempre se enganou, ou pelo menos tentou, mas não pode mais negar a si mesma a difícil realidade. 


Algumas, mudam o rumo de nossas vidas, o nosso jeito de ser, a forma como vemos as coisas, por isso temos medo de que ela apareça. Tememos mudanças trágicas em nossas vidas, então tentamos prolonga-las o máximo possível. Mas quanto mais tempo prolongamos, mas tarde se torna e quando nos damos conta... é tarde, perdemos muito tempo vivendo em uma mentira. Dá pra voltar a trás e desfazer o que fizemos de errado e tornar essa verdade em mentira? Depende. Mas o que essa menina ouviu hoje, não tem volta... já foi... tá feito... e agora já era!


A vida continua passando, com verdades, mentiras, falsas verdades, falsas mentiras... elas seguem, mas muitas vezes nós não. Se toda vez esperassemos a verdade aparecer para seguirmos em frente, perderíamos muito ou todo o tempo de nossa vida. E quando se tenta seguir em frente com uma mentira, não estamos seguindo em frente, mas também não estamos parados, estamos andando em círculos, dando voltas no eixo dela.


Essa menina, quando ouviu o que temia, parou de dar voltas em torno do seu temor. Ela aceitou os fatos e seguiu. Esqueceu uma mentira e agora esta vivendo a realidade das coisas!








O parágrafo acima, não tem nada verdadeiro. É uma nova invenção que ela quer acreditar. Não conseguirá por muito tempo, mas por enquanto vai ser melhor camuflar a dor


Só nunca se esqueça que a camuflagem cai um dia.













Mayra Dias















domingo, 10 de janeiro de 2010

Colegial

O fim do colegial é uma grande largada para o futuro. É a hora de escolher qual será seu emprego pro resto de sua vida. É hora de mudar de ares. É hora de conhecer novas pessoas, novas rotinas. É hora de esquecer tudo deu errado durante esses 3 anos.


Saímos do colégio com um leque de oportunidades, vontades e obrigações. Mas quando começamos a transformar esse leque em realidade... desejamos desesperadamente voltar ao colegial.


Acreditamos que mudamos, que agora somos maduros, que finalmente chegou a hora de nos tornar notáveis. Abstraímos tudo o que foi negativo no passado. Tentamos esquecer que fomos os esquisitos do colégio que tinhamos poucos amigos e que ninguém conhecia. Tentamos não lembrar que fomos "os populares", que todos sabiam de nossas vidas e que todos os esquisitos tentavam se aproximar, mas quando viam que não era possível, começavam à nos odiar. Fazemos de tudo pra apagar o rótulo de "CDF" da turma, que todos só viam falar quando estavam com dúvidas com a máteria, ou que só se juntavam à nós em dia de prova final. Chega a ser inaceítavel lembrar da fama de galinha que tinhamos, lembrar que sempre havia nossos nomes nas portas dos banheiros, seguidos de inúmeros chingamento.


Normalmente acreditamos, que depois do Ensino Médio, teremos outra vida. Aprenderemos com os erros e mudaremos tudo, para que as coisas se tornem diferentes. Mas se um dia fomos qualquer um desses estilos... sempre seremos.


No trabalho, na vida social, onde quer que seja, ainda seremos os esquisitos, os populares, os CDF's ou as galinhas.


Esquisitos... sempre visto como as pessoas que não queremos ser parceiras no negócios.



Pelo nunca são falados nos corredores.


Populares... sempre chamando a atenção onde passam, seje do chefe ou dos próprios colegas de trabalho.



Ahh, não se engane "Miss Popular", ainda existirão pessoas que a odeiam.


CDF's... astutos, perspicazes, sempre com fome de estudar o novo problema da empresa ou um novo jeito de realizar alguma cirurgia, muito bem visto pelo chefe.



Mas esqueça sua vida social, ela ainda não existe.


Galinha... bem... não tem muito o que explicar, uma vez safada, sempre safada e odiada.



Mas, pode conseguir muitas promoções.


O fato é que no colegial somos quem realmente somos e seremos até o fim, só que numa dose muito forte. Quando "amadurecemos", a única diferença é que conseguimos manter um equilibrio, conseguimos dosar melhor. A CDF pode virar uma galinha, enquanto a popular pode vir a ser esquisita. Afinal de contas na maioria das vezes, as populares  são safadas e os CDF são esquisitos. Por isso não se prenda a rótulos.
Mas a grande verdade nisso tudo, é que nunca crescemos. O anos passam, ficamos mais velhos, não temos mais do que se esconder, não temos mais pra quem aparecer, não temos mais nada pra aprender... sempre teremos alguém pra dar em cima, só que quando o seu legado acaba, outro começa em uma outra.


Como sei disso?
Sinceramente não faço a mínima ídeia... porque ainda me falta o último ano do colegial!




Mayra Dias





sábado, 9 de janeiro de 2010

Sem Palavras

 Parece que sempre imaginei você. Recrei-te, em minha mente,da forma que esperava que fosse.
Juro que sonhei com você, em todas aquelas noites sem fim, que passei sozinha.
É como se eu sempre tivesse apagado os seus defeitos e só o que fosse bom, enxergasse. Fui inventado um conto de faldas que não aconteceria. Agora que a busca acabou, vejo que não valeu a pena. Nunca consegui me sentir a vontade ao teu lado.


Agora, enquanto caiu... vejo que nada é como esperei. Nunca nem chegou perto. Só me pergunto agora se foi tudo uma fértil imaginação? Se tudo que passou, na verdade, só aconteceu dentro de mim? Porque esperava isso como o 1º dia de uma nova vida.


Porque você sempre me deixou sem palavras, quando as suas eram pronunciadas. Porque você cansou de me deixar sem ar, do jeito que me olhava.


Quando vestia minha armadura, você podia me desarmar com um toque. E agora, percebo que tudo foi somente desejos secretos dentro de mim e nada mais. Nada foi real pra você. Minha alma se apagou quando dei por mim. Não pude me ajudar e me rendi.


Pensei que seria capaz de resistir. Pensei que poderia ser forte. Mas de alguma maneira, tudo foi muito diferente do que eu poderia ter esperado. Fui surpreendida, antes de poder negar. Não o vi chegar, mas o vi partir tantas vezes que já me faltam as contas.


Queria te ver no meu lugar... caindo de um abismo, pra que você possa saber como é. Concerteza você desejaria um novo dia em sua vida. 


Não saberia falar,enquanto ouvisse o som de minha voz. Não conseguiria respirar, enquanto em ti meus olhos descansassem.

Sua armadura não duraria muito tempo depois que meu sorriso aparecesse. Mas com o tempo verías, que isto nada mais é do que uma tortura, mas seria tarde, pois sua alma, já não estaria mais brilhando. Assim... se renderia.


Mas ainda, me deixa sem fala, quando lembro do seu cheiro e de como tocou meu rosto.
E ainda esqueço de respirar, quando lembro da forma que segurou minha mão.
Você faz alguma coisa, com a minha mente que eu não consigo explicar. Não posso separar a mentira da realidade. Poderia correr mil milhas... mesmo assim não o ouviria dizer meu nome. Será que tudo isso aconteceu ou apenas sejam meus sonhos? Apesar das dúvidas... eu sei...



Que nunca pude evitar de me render a você .












Mayra Dias



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